terça-feira, 24 de março de 2015

Palavras do Mundo

Os alunos da nossa escola com nacionalidade diferente da portuguesa, ou com família originária de países estrangeiros, foram desafiados a partilhar experiências de leitura e curiosidades relacionadas com a cultura e a língua desses povos, sob o lema Palavras do Mundo.



 O Valdemiro, do  7º ano, apresentou-nos dois livros com histórias tradicionais ucranianas (o vídeo é da sua própria autoria).


O António, do 6º ano, selecionou e recontou a história de Cirko, um conto infantil ucraniano.





A Anastásia Belescu, do 7º ano, leu-nos o poema "Pe lângă plopii fără soţ...", em moldavo, de Mihai Eminescu (o mais importante e conhecido poeta da literatura romena, considerado poeta nacional na Roménia e da Moldávia).  






A Danielle Haveman, também do 7º ano,  propôs-nos  a leitura do poema Het Wilhelmus ("O Guilherme"), que é o hino nacional da Holanda e um dos mais antigos hinos nacionais em uso no mundo.

De acordo com a Wikipédia, o Het Wilhelmus teve a sua origem na luta da nação holandesa para conquistar a independência.  A letra fala de Guilherme de Orange (Willem van Oranje), da sua vida e desobre o porquê dele estar a combater Filipe, rei da Espanha.
É escrito na primeira pessoa, como se fosse cantado pelo próprio Guilherme, que é o "eu" - ick, no neerlandês antigo - da primeira estrofe, "Den Coninck van Hispaengien heb ick altijt gheeert" ("o Rei da Espanha eu sempre honrei").
Esta é a primeira estrofe no original, usando a ortografia holandesa moderna:

Wilhelmus van Nassauwe
ben ik, van Duitsen bloed,
den vaderland getrouwe
blijf ik tot in den dood.
Een Prince van Oranje
ben ik, vrij onverveerd,
den Koning van Hispanje
heb ik altijd geëerd.
 
Traduzir esta estrofe é difícil, pois quase todas as linhas têm várias interpretações possíveis. Eis uma tradução crua, baseada na tradução da versão inglesa deste artigo. Atentar para a palavra "Duitsen" que significa "Alemão" e não "Holandês"(Nederlandsen) como por vezes aparece.

Guilherme de Nassau,
Eu sou, de sangue alemão
Leal à pátria-mãe
Serei até morrer
Um príncipe de Orange
Eu sou, livre e sem medo
O rei da Espanha
Eu sempre honrei

A sexta estrofe, que às vezes é cantada, também, é a que segue:
Mijn schild ende betrouwen
zijt Gij, o God mijn Heer
op U zo wil ik bouwen
Verlaat mij nimmermeer
Dat ik doch vroom mag blijven
uw dienaar t'aller stond
de tirannie verdrijven
die mij mijn hart doorwondt

Eis uma tradução possível:

Meu escudo e lealdade
És Tu, oh Senhor Meu Deus
Sobre Ti construirei
Nunca Me abandones
Para que eu continue forte
Teu servo sempre
Afastar a tirania
Que apunhala meu coração

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