MATEUS, Isabel Maria Fidalgo, 1969-
O trigo dos pardais : contos / Isabel Maria Fidalgo Mateus ; rev. Maria de Assunção Anes Morais.
Literatura portuguesa--Contos
CDU 821.134.3-3
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quarta-feira, 27 de abril de 2011
O trigo dos pardais
MATEUS, Isabel Maria Fidalgo, 1969-
O trigo dos pardais : contos / Isabel Maria Fidalgo Mateus ; rev. Maria de Assunção Anes Morais. - Coimbra : Gráfica de Coimbra, 2009. - 218 p. : il., 21 cm
ISBN 978-972-603-485-8
Literatura portuguesa--Contos
CDU 821.134.3-3
No livro O Trigo dos Pardais Isabel Mateus revela-nos, através dos 22 contos, geralmente curtos, que compõem a obra, o mundo da brincadeira de um punhado de crianças e jovens num ambiente de ruralidade (transmontana) afastado da influência directa dos grandes centros urbanos. Aqui, as brincadeiras surgiam ao sabor das estações, em plena natureza, os brinquedos construíam-se com o que a flora oferecia, também ao ritmo de cada época do ano, e os garotos brincavam em interacção e consonância com o meio ambiente. Muitas vezes, o entretenimento advinha em simultâneo com o dever laboral que, desde cedo, era imputado à criança. As cinco mecas, jogo de forte tradição e muito popular entre meninas e meninos, tanto podia ser jogado no adro da escola durante o recreio, como no alto da serra a guardar o rebanho.
O trigo dos pardais : contos / Isabel Maria Fidalgo Mateus ; rev. Maria de Assunção Anes Morais. - Coimbra : Gráfica de Coimbra, 2009. - 218 p. : il., 21 cm
ISBN 978-972-603-485-8
Literatura portuguesa--Contos
CDU 821.134.3-3
No livro O Trigo dos Pardais Isabel Mateus revela-nos, através dos 22 contos, geralmente curtos, que compõem a obra, o mundo da brincadeira de um punhado de crianças e jovens num ambiente de ruralidade (transmontana) afastado da influência directa dos grandes centros urbanos. Aqui, as brincadeiras surgiam ao sabor das estações, em plena natureza, os brinquedos construíam-se com o que a flora oferecia, também ao ritmo de cada época do ano, e os garotos brincavam em interacção e consonância com o meio ambiente. Muitas vezes, o entretenimento advinha em simultâneo com o dever laboral que, desde cedo, era imputado à criança. As cinco mecas, jogo de forte tradição e muito popular entre meninas e meninos, tanto podia ser jogado no adro da escola durante o recreio, como no alto da serra a guardar o rebanho.
A hora má : o veneno da madrugada
MÁRQUEZ, Gabriel García, 1928-
A hora má : o veneno da madrugada / Gabriel garcia Márquez ; trad. Egito Gonçalves. - 4ª ed. - Alfragide : Dom Quixote, 2008. - 187, [3] p. 24 cm. - Tít.orig.: La mala hora
ISBN 978-972-20-3156-1
Literatura estrangeira--Romance
A um povoado perdido na América do Sul chegou a hora má dos camponeses, a hora da desgraça. Certo amanhecer, enquanto o Padre Ángel se prepara para celebrar a missa, ouve-se um tiro na aldeia. Um comerciante de gado, informado da infidelidade da mulher por um papel colado na porta da sua casa, acaba de matar o seu presumível amante. É um dos pasquins anónimos cravados durante a madrugada nas portas das casas, que não são panfletos políticos mas apenas denúncias sobre a vida privada dos cidadãos, e que nada revelam que não seja do conhecimento de todos há algum tempo. São os velhos boatos que agora se tornam públicos: traições amorosas e políticas, assassinatos, segredos de família envolvendo filhos bastardos e romances escusos. Todos se sentem atingidos e ameaçados, dos cidadãos mais eminentes aos mais humildes. Todos parecem ter algo a esconder e a revelar. Qualquer habitante pode ser o autor dos bilhetes ou a próxima vítima. Este romance foi adaptado ao cinema pelo realizador brasileiro Ruy Guerra.
A hora má : o veneno da madrugada / Gabriel garcia Márquez ; trad. Egito Gonçalves. - 4ª ed. - Alfragide : Dom Quixote, 2008. - 187, [3] p. 24 cm. - Tít.orig.: La mala hora
ISBN 978-972-20-3156-1
Literatura estrangeira--Romance
A um povoado perdido na América do Sul chegou a hora má dos camponeses, a hora da desgraça. Certo amanhecer, enquanto o Padre Ángel se prepara para celebrar a missa, ouve-se um tiro na aldeia. Um comerciante de gado, informado da infidelidade da mulher por um papel colado na porta da sua casa, acaba de matar o seu presumível amante. É um dos pasquins anónimos cravados durante a madrugada nas portas das casas, que não são panfletos políticos mas apenas denúncias sobre a vida privada dos cidadãos, e que nada revelam que não seja do conhecimento de todos há algum tempo. São os velhos boatos que agora se tornam públicos: traições amorosas e políticas, assassinatos, segredos de família envolvendo filhos bastardos e romances escusos. Todos se sentem atingidos e ameaçados, dos cidadãos mais eminentes aos mais humildes. Todos parecem ter algo a esconder e a revelar. Qualquer habitante pode ser o autor dos bilhetes ou a próxima vítima. Este romance foi adaptado ao cinema pelo realizador brasileiro Ruy Guerra.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor
O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril. Trata-se de uma data simbólica para a literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia desapareceram importantes escritores como Cervantes e Shakespeare. A ideia da comemoração teve origem na Catalunha: a 23 de Abril, dia de São Jorge, uma rosa é oferecida a quem comprar um livro. Mais recentemente, a troca de uma rosa por um livro tornou-se uma tradição em vários países do mundo.
Mensagem aos Leitores, da autoria do Escritor Francisco José Viegas:
O que hoje comemoramos é muito mais do que o Dia do Livro, a sua euforia, a sua utilidade, o seu dia. Hoje, a propósito do Livro – e dos autores – assinalamos o modo como a humanidade resistiu à barbárie, como ela descobriu e fixou a poesia, o tempo, as epopeias, as paisagens, as aldeias recolhidas nas planícies, os pinhais abrigados num declive, a voz humana, o empréstimo do horror e da crueldade, a hora de dizer ‘não’ e a hora de dizer ‘sim’, as portas abertas numa casa vazia.
Assinalamos também, neste dia, o facto de as palavras terem um destino que se prolonga até onde formos capazes de levar algumas ideias tão simples, como a ideia de livro, a ideia de leitura, a de biblioteca, de partilha, de invenção, de página em branco, a de perdição por um romance ou por uma história repetida, repetida, repetida ao longo dos tempos.
Comemoramos este dia – de entre todos os outros – porque sabemos que a vida pode ser mudada por um livro, por um autor; que a nossa vida está perdida e, ao mesmo tempo, reunida nessas páginas de livros que passaram pelas nossas mãos ou aguardam o encontro entre a curiosidade e a pacificação, entre o gosto pela leitura e o gosto pela vida, entre as coisas que fomos e o que ainda havemos de ler.
Que existam, pois, bibliotecas, livros, autores, capítulos e fragmentos, sonetos, odes, histórias, episódios, esquecimentos, caminhos perdidos no meio das florestas ou desfeitos pela luz do mar, contos, novelas e números, fórmulas, apêndices e rostos amados. Que tudo exista. Porque todos nós somos leitores.
Este é o nosso dia, o princípio de todos os dias.
Francisco José Viegas
Mais informação:
Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas
Jornal da associação portuguesa de bibliotecários, arquivistas e documentalistas
World Book and Copyright Day (UNESCO)
Fase distrital do Concurso Nacional de Leitura
Decorreu no dia 8 de Abril, em Moimenta da Beira, a fase distrital do Concurso Nacional de Leitura. Teve a participação das alunas apuradas Cristiana Matos (8ºD), Mafalda Ferraz (9ºB) e Susana Valério (9º E).
Mais informação aqui.
Mais informação aqui.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Ler + em vários sotaques: França
TEXTO:
de O principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry
Capítulo XVIII
O principezinho atravessou o deserto e encontrou apenas uma flor. Uma flor de três pétalas, uma florzinha à toa...
- Boa dia, disse o príncipe.
- Boa dia, disse a flor.
- Onde estão os homens? perguntou polidamente.
A flor, um dia, vira passar uma caravana:
- Os homens? Eu creio que existem seis ou sete. Vi-os há muitos anos. Mas não se pode nunca saber onde se encontram. O vento os leva. Eles não têm raízes. Eles não gostam das raízes.
- Adeus, disse o principezinho.
- Adeus, disse a flor
Ler + em vários sotaques: Espanha
TEXTO
Fala do homem nascido, de António Gedeão
Chega à boca da cena, e diz:
Venho da terra assombrada,
do ventre da minha mãe;
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém.
Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui,
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci.
Trago boca para comer
e olhos para desejar.
Com licença, quero passar,
tenho pressa de viver.
Com licença! Com licença!
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
não tenho tempo a perder.
Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte;
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham,
nem forças que me molestem,
correntes que me detenham.
Quero eu e a Natureza,
que a Natureza sou eu,
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu.
Com licença! Com licença!
Que a barca se faz ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à estrela polar.
**************************************************
Venho da terra assombrada,
do ventre da minha mãe;
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém.
Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui,
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci.
Trago boca para comer
e olhos para desejar.
Com licença, quero passar,
tenho pressa de viver.
Com licença! Com licença!
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
não tenho tempo a perder.
Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte;
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham,
nem forças que me molestem,
correntes que me detenham.
Quero eu e a Natureza,
que a Natureza sou eu,
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu.
Com licença! Com licença!
Que a barca se faz ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à estrela polar.
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segunda-feira, 4 de abril de 2011
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