«A diversidade das línguas do mundo está pelo menos tão ameaçada como a das espécies animais e vegetais.»
O Atlas das Línguas - a origem e a evolução das línguas no mundo
Na imensa “aldeia global” que é hoje o nosso planeta, criamos todos os dias palavras novas enquanto, quase ao mesmo ritmo, há línguas moribundas e outras mesmo a extinguir-se. É todo um património linguístico e cultural que se perde e a capacidade de comunicação humana que se reduz.
Na verdade, não sendo o ser humano o único animal possuidor de linguagem, só este é detentor do poder da palavra. Escrita, falada, pensada … a palavra é, por isso, um valor inestimável ou não fosse com/por palavras que se faz algo de que gosto particularmente: livros.
Falo-vos, então, de um que folheio com frequência: “MIS PRIMERAS 80.000 PALABRAS”.
Resulta esta obra (editada em Espanha) de uma ideia simples de génio: pedir a artistas de diferentes países que escolhessem e ilustrassem a sua palavra preferida de qualquer língua. O resultado é surpreendente em diversidade, humor, sensibilidade e originalidade. E, sem espanto, nele encontramos palavras da língua portuguesa.
Segui o mote e pedi aos meus alunos do 10º ano que fizessem o mesmo, indicando a sua palavra favorita a que deviam juntar uma representação gráfica dos pensamentos e sensações que a mesma lhes suscitava, sem deixarem de justificar a escolha. Eis o resultado.
Neste Dia Internacional da Língua Materna, espero que o apreciem tanto como eu, até porque, segundo autor anónimo, citado precisamente no dicionário de que vos falo:
“Só existem as coisas que nomeamos.
O mundo está cheio de palavras.
Se aspiramos a criar um mundo melhor,
Porque não usar as melhores palavras?”
21/02/2011 A Professora: Dulce Martinho
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